É importante saber a relevância do trabalho para alcançar resultados desejados. Somente ter uma grande ideia não é o suficiente.
“Uma reputação não é construída com aquilo que se pretende fazer”.
Henry Ford
Tirar projetos do campo das ideias e projeta-las no mundo real, consolidando-as de fato, exige muito trabalho e dedicação.
Tudo está ao alcance de qualquer pessoa, desde que ela tenha a humildade e o empenho necessários para trabalhar continuamente.
Nosso ego, ao contrário, quer que acreditemos que apenas pretender fazer já seja suficiente: “o que vale é a intenção”, pensamos; ao invés de dar créditos ao ego, que se satisfaz com a glória e atenção por falar sobre projetos que nunca sairão do campo das ideias, devemos nos esforçar e investirmos em efetivar nossos sonhos, planos e metas.
Trabalhar sem se importar com aplausos, mas dedicado no que precisa ser feito, simplesmente: faça.
• Sucesso:
Alcançar o sucesso pode ser um feito delicado para ao ego, pois ele pode te fazer acreditar que é especial e/ ou melhor que os outros. Ao supervalorizar suas conquistas, ele freia sua evolução.
É como se lhe dissesse que você não precisa aprender mais nada, pois já sabe tudo. Cuidado, porque pensar dessa forma pode destruir a você, assim como destruir tudo o que conquistou.
• Seja sempre um aprendiz:
Novas conquistas, situações novas, novos desafios e, portanto, novos aprendizados; para novas conquistas, também novos conhecimentos, que a própria situação pede.
Para o crescimento consistente, há que se falar na humildade do aprendizado contínuo e das contribuições necessárias para consolidar conhecimentos e subir de patamar.
• Saber mais é ter consciência de nunca saber o bastante e isto é necessário.
Resistir a pressão social de exibir mais e mais conhecimento, ou que atingiu pleno domínio sobre determinado assunto, como se fosse o “sabe muito, sabe tudo” é se amparar numa segurança que só nos torna frágeis.
Continuar estudando é como um remédio (humildade) para repelir nossa arrogância de se achar superior ou de acreditar que já sabe o caminho. “No segundo que deixamos o ego nos dizer que estamos prontos, o aprendizado para”. Não permita que seja assim.
“Não importa os feitos conquistados até então, continue sempre como um aprendiz”
• Não conte uma história a si mesmo:
Criar histórias baseadas em eventos passados pode ser uma cilada, pois isso pode nos levar à arrogância.
Uma vez estando distantes dos fatos e das pessoas envolvidas, também podemos nos empolgar e exagerar nos feitos e conquistas; outro erro são os comentários do tipo: “eu sempre soube”, ao referir-se sobre eventos incontroláveis que não dependiam de você.
Estes comportamentos acima acabam trazendo a falsa impressão de que você possui um poder que, na verdade, não tem;
Também não dê ouvidos a elogios como “gênio”, falado pelos outros ou pelo próprio ego. Os rótulos, de modo geral têm o potencial de nos colocar em conflito, fazendo-nos crer que somos melhores do que de fato somos.
Também nos fazem supor que o sucesso é uma etapa natural na nossa história. Isso nos faz perder a referência e deixamos de associar o sucesso ao árduo trabalho que o antecede. Para não nos deixarmos levar pelo ego, devemos ficar atentos aos feedbacks recebidos.
• O que é importante para você?
Provar que você é bom em algo é uma busca interminável, que pode nos fazer desperdiçar uma boa parte de nossas vidas, fazendo coisas que não gostamos para provar algo às pessoas que não respeitamos e conseguir coisas que não queremos; e o ego é o responsável por isso.
De forma invejosa, o ego compara as pessoas, fazendo o indivíduo se sentir sempre inferior. É por isso que precisamos sempre de mais e mais. A competitividade
é uma força fundamental, mas é importante ter clareza sobre os motivos pelos quais você está competindo. Você precisa ser melhor ou ter mais que alguém? Qual o seu propósito? O importante nunca será superar o outro e sim “corresponder àquilo que você é, sem sucumbir a todas as coisas que o afastam disso”.
• Arrogância e Controle:
Quando as coisas começam a dar certo, uma tendência bastante comum é superestimar o próprio poder. Isso acontece porque o caminho que o levou a ter sucesso, muito provavelmente, não foi fácil. Dúvidas, rejeições, riscos costumam fazer parte desta caminhada. Ter superado tais obstáculos o faz crer que você é detentor de algum dom ou poder especial.
Então, a mesma autoconfiança que foi fundamental para que você chegasse onde chegou acaba se tornando um grande risco se não for controlada, pois pode virar arrogância. Outra consequência é você se tornar excessivamente controlador.
Ao invés disso, melhor seria estabelecer os “objetivos e prioridades de sua vida”, buscando apenas produzir resultados.
• Cuidado com a doença do EU:
O reconhecimento que recebemos quando conquistamos algo pode ter um efeito devastador. Tais honras alimentam o ego, validando-o. De tanto sermos elogiados, começamos a achar que “recebemos o que nos é de direito”.
Esses prêmios extras, que não faziam parte dos objetivos que nos motivaram a chegar ali, acabam tornando-se necessários. Passamos a precisar daquela atenção ou título. Isso é ilusório e nos leva a perder o sentido da verdadeira missão que tínhamos inicialmente. Acabamos sendo levados pelo ego e nos tornando quem jamais almejamos ser. Essa é a doença do EU, uma perigosa ironia que vem junto com o sucesso.
Obviamente o problema não é querer ser lembrado ou valorizado, mas a importância atribuída a esse reconhecimento em detrimento do que nos levou a sermos reconhecidos. O desafio pessoal está em encontrar o equilíbrio.
Não importa onde você esteja ou o que está fazendo, seu
pior inimigo
está sempre com você - seu ego.
"Não é o meu
caso", você pensa.
Inspiração: Livro O Ego é seu Inimigo, Ryan Holiday